Sem sustos e com reforço

Demorou pouco para que o duelo de oitavas de final entre o Brasil e o Panamá estivesse claramente decidido. Com menos de dez minutos de jogo, o placar já mostrava 5 a 0 para os brasileiros, e a única dúvida, então, passava a ser com relação aos números finais: quantos gols os campeões mundiais marcariam em seu caminho para garantir vaga nas quartas de final?

Os brasileiros não diminuíram o ritmo, mostraram velocidade e habilidade na troca de passes e marcaram 16 a 0. Mas a melhor notícia do dia sequer foi essa. Notícia mesmo veio no início da segunda etapa, quando o craque Falcão entrou em quadra, fez malabarismos, cavou a expulsão de dois panamenhos e marcou o 14º gol da Seleção

A lesão na panturrilha direita de Falcão, sofrida durante a estreia contra o Japão, a princípio deveria deixá-lo de fora até as semifinais da Copa do Mundo de Futsal da FIFA Tailândia 2012, mas a recuperação foi melhor do que o esperado, e o camisa 12 já faz parte de novo dos planos do técnico Marcos Sorato, a partir das quartas de final – um clássico, na quarta-feira, contra a Argentina, que eliminou a Sérvia.

“Estou feliz demais, antes de tudo, por poder voltar a jogar. O teste tinha que ser feito hoje; não podia ser nas quartas de final”, disse Falcão, que, após o jogo, posou para fotos com toda a equipe do Panamá, que se classificou ao Mundial pela primeira vez. “Trabalhei muito para estar aqui, para este dia chegar, e ele chegou. Independentemente do gol, de ter atuado bem ou mal, o mais importante era a sensação de voltar a jogar. Readquiri a confiança depois de dias muito duros. Tive até uma paralisia facial no lado direito por causa do estresse”, contou o craque em entrevista ao Sportv logo após a partida.

Fato é que, para além de Falcão, o Brasil mostrou força e homogeneidade outra vez, com gols de nove jogadores diferentes, inclusive três de Jé e outros três de Ari. São agora 36 gols marcados em quatro jogos, contra apenas dois sofridos.

O que eles disseram:

"O Brasil mostrou muito respeito ao Panamá ao jogar sério do início ao fim. No futsal, não é fácil passar uma partida toda sem levar gols, mas hoje conseguimos. Sei que Falcão ainda não está com 100% de sua capacidade, mas a ideia hoje era de colocá-lo em quadra para ganhar ritmo e perder o medo da lesão. Podemos dizer que foi um bom dia para todos nós."
Marcos Sorato, técnico do Brasil

"Não posso dizer que esteja contente, por causa da maneira como perdemos, mas claro que deixamos a Tailândia muito satisfeitos. Viemos para competir e foi o que fizemos. Esses jogadores viveram um sonho ao jogar tanto contra o atual campão como contra o atual vice, e essa ´´uma experiência inestimável para eles."
Agustín Campuzando, técnico do Panamá.

Fifa.com