segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Confiança e metas inabaladas


Confiança e metas inabaladas

Diante de uma derrota, jogadores e técnicos costumam assumir duas posturas distintas: baixar a cabeça ou sentir-se desafiado. Ao ver a seleção do Egito sair do vestiário após a estreia contra a Sérvia, no sábado, qualquer um perceberia rapidamente qual reação combinava mais com os faraós.

Difícil seria descrever com exatidão a confiança que exalava do grupo. De fato, os jogadores egípcios mostravam-se tão seguros que o revés por 3 a 1 pela primeira rodada do Grupo E parecia não ter abalado em nada a crença de que a equipe conseguiria a classificação para as oitavas de final.

"Ainda acreditamos no nosso potencial", disse o creativo camisa 8, Mizo. "Faremos o necessário para conquistarmos a vaga. Apenas tivemos um pouco de azar contra a Sérvia, o que se pode fazer? O nosso objetivo continua o mesmo. Estamos confiantes de que vamos superar esta derrota e sabemos que o treinador também acredita em nós."

Quanto a isso, Badr Khalil não deixa margens para dúvidas. Com efeito, é fácil notar que a inabalável convicção egípcia vem diretamente do eterno otimismo do seu técnico. E se Khalil continuava a sorrir minutos após a derrota dos seus comandados, era simplesmente porque a vê como um mero tropeço no caminho rumo a uma classificação dada praticamente como certa.

"Acho que merecíamos um resultado melhor, mas não estou desanimado", disse o treinador ao FIFA.com. "O motivo é que tenho certeza de que Sérvia e Egito serão os classificados do grupo. Continuo extremamente confiante de que a minha seleção estará nas oitavas de final. Assisti à partida entre República Tcheca e Kuwait e cheguei à conclusão de que somos muito melhores do que ambos. Realmente acredito nisso."

No firme discurso, Khalil não cogita qualquer possibilidade de um novo resultado adverso na primeira fase. "Na próxima rodada enfrentaremos a República Tcheca, que é uma forte seleção europeia, mas não acredito que será um adversário tão difícil quanto a Sérvia", avaliou. "Além disso, eles têm alguns jogadores que já levaram amarelo, o que pode pesar. Vamos respeitá-los, é claro, mas a nossa meta é chegar às semifinais. E estamos determinados a, no mínimo, passar da fase de grupos."

A palavra fracasso, definitivamente, não faz parte do dicionário egípcio de futsal. Não à toa, Mizo só pensa em prolongar a campanha dos faraós no Mundial e, assim, compensar o apoio recebido não apenas dos compatriotas, mas também dos hospitaleiros anfitriões. "É um sonho disputar um torneio como este, e tudo que queremos é deixar o nosso país orgulhoso", afirmou o jogador. "Estamos adorando a Tailândia, fomos muito bem recebidos por todos aqui. As pessoas são bastante simpáticas, estão sempre sorrindo, e os torcedores tailandeses também têm sido formidáveis nos ginásios. Queremos vencer as próximas partidas tanto para eles quanto para os nossos próprios torcedores."

Fifa.com

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