sábado, 17 de novembro de 2012

Para sair de cabeça erguida


Para sair de cabeça erguida

As decisões de terceiro lugar têm a fama de ser um entretenimento, mas também podem vir acompanhadas por uma sensação de anticlímax para as equipes envolvidas. Quando os jogadores passam todo um torneio sonhando com o ouro, jogar pelo bronze raramente provoca a mesma explosão de adrenalina.

Para Itália e Colômbia, porém, há um evidente e genuíno entusiasmo com a ideia de lutar por um lugar no pódio. No caso de ambas, o que está em jogo não é a consolação por ficar de fora de um jogo do qual esperavam participar, mas a chance de encerrar em grande estilo uma competição na qual foram declaradamente bem.

Enquanto os italianos cumpriram as expectativas de antes do torneio, os colombianos superaram em muito as suas. Os sul-americanos chegaram até a dar um susto no Brasil, antes de saírem derrotados. Por isso, o técnico Arney Fonnegra falou com um orgulho totalmente justificado sobre a atuação de seu conjunto.

"Fiquei decepcionado com o resultado, mas satisfeito com o desempenho de meus jogadores, que, durante 20 minutos, conseguiram jogar de igual para igual contra a melhor seleção do mundo", disse. "E, apesar de termos tido um pouco de azar, eu prefiro destacar a boa reação de meus atletas após levarem aquele gol logo no início."

A Itália também deu seu melhor contra a Espanha no primeiro tempo, mas acabou sofrendo uma derrota bastante antecipada. Porém, para o técnico Roberto Mennichelli, havia motivos para falar de forma otimista após o jogo. "Conseguimos fazer algumas coisas importantes nesta Copa do Mundo e estou muito satisfeito com o desempenho de meus jogadores", afirmou. "Infelizmente, Espanha e Brasil têm aquele toque extra, que acaba fazendo a diferença. Eu realmente cheguei a pensar que os russos poderiam surpreender desta vez, mas a Espanha era forte demais mesmo para eles."

"No geral, estou muito feliz com a maneira como jogamos aqui, e nossa campanha ainda não terminou. Ainda temos a partida pelo terceiro lugar para disputar e, acredite, queremos o bronze. Voltar para casa com isso seria uma grande conquista. Terminamos em terceiro no Campeonato Europeu. Fazer isso novamente na Copa do Mundo seria um feito ainda maior."

No entanto, Mennichelli sabe que o triunfo está longe de garantido diante de um conjunto colombiano que acumula uma série de vitórias surpreendentes ao longo da competição. O êxito dos sul-americanos se baseia no brilhantismo do goleiro Juan Lozano e em um jogo assumidamente defensivo. Por isso, o treinador italiano acredita saber exatamente o que esperar.

"Estaremos diante de uma seleção que joga muito fechado e que se defendeu muito bem em todo o torneio", observou. "Além disso, não devemos nos esquecer de que eles têm alguns bons talentos individuais." Fonnegra fez questão de permitir que esses jogadores se expressassem livremente diante dos brasileiros. Isso pode não ter acarretado a vitória, mas resultou no golaço das semifinais, marcado por Jhonathan Toro.

Assim como seu colega italiano, o técnico colombiano não vê problemas em motivar seus jogadores para o desafio de terminar em terceiro. "O que posso dizer para animar meus atletas, tristes após perder? Que amanhã o sol nasce outra vez", disse. "A avaliação geral do torneio que fizemos já é positiva, mas existe uma grande diferença entre terminar em terceiro e em quarto."

"Agora que estamos tão perto de ganhar uma medalha, nosso objetivo é consegui-la. É claro que a Itália é uma seleção muito forte, mas direi a meus homens que joguem com liberdade, sempre mostrando a disciplina e a seriedade que uma decisão de terceiro lugar merece."

Fifa.com

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