Um dia antes de seu aniversário de 32 anos, Gabriel foi quem deu um grande presente para Seleção Brasileira. Com uma poderosa canhota, ele marcou duas vezes e ainda contribuiu com o terceiro para derrubar a Colômbia em um triunfo por 3 a 1, e assegurando sua equipe em mais uma final da Copa do Mundo de Futsal da FIFA Tailândia 2012.
Depois de um gol-relâmpago marcado no Huamark Indoor Stadium, em Bangcoc, os atuais campeões mundiais tiveram dificuldades diante de uma forte defesa no primeiro tempo, cederam o empate, mas contaram com uma jornada inspirada do ala, um gaúcho de Pelotas. "Estou contente por ter ajudado, mas a gente sabe que todo o time tem de participar para sair o gol. Estou feliz por ter feito os gols, mas o importante é o conjunto", disse Gabriel.
Desta forma, o Mundial de Futsal da FIFA tem uma decisão entre brasileiros e espanhóis pela quarta vez na história, repetindo o que aconteceu em Espanha 1996, Guatemala 2000 e Brasil 2008, com o time sul-americano vencendo o primeiro confronto e o terceiro.
"Agora é pensar na Espanha", afirmou o ala Falcão ao SporTV. "Todo mundo estava esperando este confronto, mas tivemos que fazer o nosso caminho. Agora chegou a hora. Nos últimos dez confrontos, ninguém venceu por mais de um gol de diferença. Algo muito difícil de acontecer no futsal. A gente se conhece bastante, e vai ser um jogo de detalhes. Espero que os detalhes pendam para o Brasil."
Nem tão fácil
A Seleção começou a partia com um bombardeio para cima dos adversários, forçando o goleiro Juan Lozano a fazer duas grandes defesas em menos de 35 segundos. Como se já não fosse pressão suficiente, aos 41 segundos saiu o primeiro gol de Gabriel, completando um cruzamento curto com um forte chute com sua potente perna esquerda. Foi o segundo gol mais rápido do torneio.
O problema é que, a partir daí, embora os campeões mundiais tenham dominado a posse de bola, sua produção acabou caindo bastante, em mérito do sistema defensivo da Colômbia e do goleiro Lozano, que fez um grande torneio.
"O jogo começou fácil, mas ficou muito difícil. Talvez a gente tenha se contagiado com a facilidade inicial", disse o técnico Marcos Sorato. "Mas o peso é sempre do Brasil nesse tipo de jogo, sem poder errar no ataque, e fica difícil de não errar. Depois os jogadores jogaram com inteligência e responderam bem."
Em contra-ataques, os habilidosos colombianos também levavam perigo e conseguiram o empate aos 19 minutos. Yeisson Fonnegra puxou a bola com velocidade e serviu a Jhonathan Toro na medida. Ele bateu de esquerda, cruzado, e superou Tiago.
No segundo tempo, com Falcão em quadra e mais movimentação, a Seleção, enfim, conseguiu se desgarrar no placar. "depois os jogadores jogaram com inteligência e responderam bem.
O segundo gol de Gabriel saiu aos 27, com uma bomba na ala esquerda que o goleiro Lozano dessa vez nem bem conseguiu ver, estufando a rede.
Pouco depois, aos 28, agora pela direita, Gabriel viu o companheiro Vinícius cortar por dentro sem a bola e fez o cruzamento. O mesmo Jhonathan Toro acabou fazendo o desvio de cabeça e acertou o próprio gol. Com 3 a 1,a Seleção tinha mais tranquilidade, enfim, e pôde administrar o confronto com um adversário muito aguerrido e que fez jus a sua campanha surpreendente, chegando a uma semifinal da Copa do Mundo de Futsal da FIFA logo em sua primeira participação.
O que eles disseram
"Começamos muito bem, marcando o gol cedo, mas nos complicamos ao não fazer o segundo gol, e o empate da Colômbia colocou alguma pressão sobre nós. No segundo tempo, sabendo que tínhamos 20 minutos para estar em outra nova final, aumentamos nosas intensidade na defesa e atacamos melhor, podendo mostrar isso no resultando. Nunca paramos de atacar. Acho que foi um placar justo."
Marcos Sorato, técnico do Brasil.
"Estamos tristes pelo resultado, mas satisfeitos com o desempenho do time, que durante 20 minutos equilibrou as coisas contra o melhor time do mundo. Tivemos um pouco de falta de sorte, mas prefiro destacar a reação dos meus jogadores depois de um gol sofrido cedo. É verdade, fomos mais ofensivos que nas nossas partidas anteriores, porque queríamos tirar vantagem do cansaço deels. No fim, o Brasil merece estar na final."
Areny Fonnegra, técnico da Colômbia.
Fifa.com
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