sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Tailândia quer surpreender em casa


Tailândia quer surpreender em casa

Em quatro décadas de carreira, o holandês Victor Hermans acumulou um bom currículo. Agora, quer realizar mais um feito no comando da seleção tailandesa na Copa do Mundo de Futsal da FIFA, que será disputada entre 1º e 18 de novembro.

Como jogador, Hermans ganhou cinco títulos nacionais pelos clubes que defendeu e vestiu a camisa de seu selecionado em 50 partidas. Ele coroou a carreira de 23 anos ganhando a Bola de Ouro adidas na primeira edição do Mundial de Futsal, organizado na Holanda em 1989, quando o país foi vice-campeão. Desde então, passou a trabalhar como técnico, comandando Hong Kong e Malásia no principal torneio do futsal global em 1992 e 1996, respectivamente. Em 2001, levou o Irã ao troféu do Campeonato Asiático de Futsal.

A seleção da Tailândia se tornou seu trabalho mais recente em março. Com um retrospecto de peso, Hermans parece confiante para ajudar sua equipe a fazer história no Mundial, do qual a Tailândia será anfitriã.

"Quando conheci meus jogadores e a comissão técnica, perguntei onde gostariam de chegar", disse o treinador de 59 anos. "A resposta foi clara: aos títulos do Campeonato do Sudeste Asiático e do Campeonato Asiático e às quartas de final do Mundial."

Esta parece uma meta bastante difícil de alcançar para a seleção da casa, que nunca passou da primeira fase nas três Copas do Mundo de Futsal da FIFA de que participou – na realidade, nenhum selecionado asiático conseguiu isto, a não ser o Irã.

Mentalidade vencedora
No entanto, Hermans mantém a fé em seus comandados. E esta confiança não é infundada, considerando que os tailandeses cumpriram sua missão inicial, deixando para trás nove adversários na competição do sudeste asiático em abril e levando a taça. Além disso, chegaram à final do Campeonato de Futsal, mas perderam para o Japão.

O mais impactante, porém, foi que surpreenderam os favoritos iranianos por 5 a 4 na semifinal – sua primeira vitória sobre os "reis da Ásia" no torneio continental. O resultado dá margem para que Hermans pense grande.

"Esse triunfo levantou nosso moral", disse o holandês. "Nossos jogadores foram evoluindo de forma regular jogo após jogo. Depois de derrotar o Líbano nas quartas, tínhamos a sensação de que podíamos ganhar de qualquer adversário, incluindo do Japão na final. Mas perdemos. Espero que experiências como essas possam reforçar a autoconfiança dos jogadores para a Copa do Mundo."

No elenco, quem está no centro das atenções é Suphawut Thueanklang, um prodígio do ataque tailandês que terminou como artilheiro empatado do Campeonato Asiático, com sete gols – três deles contra o Irã.

"É um jogador brilhante", disse Hermans sobre o jovem de 23 anos. "Estou surpreso de que ele não jogue na Europa. Vai ser ótimo, porque a Copa do Mundo oferecerá a ele a aos outros atletas a chance de mostrar seus talentos para o mundo."

Hermans foi gradualmente inculcando um alto grau de autoconfiança na equipe. Mesmo os 8 a 0 que a Tailândia sofreu nas mãos da Espanha, atual campeã mundial, em agosto não afetaram o aspecto psicológico da equipe. "Como jogavam contra craques de primeira linha, eles entraram com respeito demais e acabaram dominados", disse Hermans. "Mas depois retomaram a maneira de pensar de antes e melhoraram muito, só perdendo por 6 a 4 no segundo jogo. Se você mostra uma mentalidade forte, pode jogar melhor."

A Tailândia estreia contra a Costa Rica no dia 1º de novembro, naquela que será a terceira Copa do Mundo de Futsal da FIFA em terras asiáticas. A seguir, pega a forte Ucrânia e fecha a campanha no grupo contra ninguém menos do que o perigoso Paraguai.

"Não esperamos jogos fáceis na Copa", admitiu Hermans. "Todos os adversários são fortes. Nossa estratégia será nos concentrar em um jogo por vez. Quando a Tailândia confiar em si mesma, poderá ser uma surpresa no Mundial. Acreditar nisto é importante para o futuro do futsal neste país e também na Ásia."

Fifa.com

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