quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Mundial de Futsal: Egito quer recuperar espaço perdido


Egito quer recuperar espaço perdido

A classificação do Egito para a Copa do Mundo de Futsal da FIFA Tailândia 2012 não tem nada de surpreendente. Afinal, o país participou de todos os Mundiais da disciplina disputados desde 1996. Naquele ano, aliás, a seleção egípcia se tornou a primeira equipe africana a registrar uma vitória na competição, goleando a Austrália por 8 a 2.

Quatro anos mais tarde, os faraós também se tornaram os primeiros africanos a chegarem à segunda fase, graças a triunfos sobre Uruguai e Tailândia. Depois de derrotarem a Rússia nas oitavas de final, eles viram o caminho até as semifinais ser barrado pela Argentina. Nas duas edições seguintes, foram eliminados na fase de grupos. Portanto, experiência é o que não falta aos egípcios.

Ao longo da última década, porém, o Egito perdeu espaço para a Líbia no cenário continental. "Não é surpresa que os líbios disputem a hegemonia conosco, considerando o apoio e o interesse de que o esporte goza entre eles", reconhece Hezem El Houari, considerado como a referência do futsal no país das pirâmides e antigo membro da Federação Egípcia de Futebol. "Mas a torcida deles por si só não vai nos impedir de recuperarmos o posto de líderes."

Preparação mínima e novas opções
Embora tenha passado por Tunísia e Nigéria nas eliminatórias, a seleção egípcia ainda precisa definir a melhor preparação possível antes de viajar à Tailândia. Em todo caso, é essa a opinião do técnico Badr Khalil. "Esperava jogar contra grandes equipes como Rússia, Espanha ou Argentina, mas todas as nossas tentativas falharam", explica o treinador. "Não é muito animador."

Os egípcios entraram em contato com quase 20 federações, mas só conseguiram agendar amistosos com líbios e libaneses. Contudo, pouco antes de a bola começar a rolar em solo tailandês, eles vão participar de um torneio ao lado do Panamá e do país-sede do Mundial.

Apesar das dificuldades, Khalil está otimista quanto à situação do selecionado. "Pela primeira vez na competição, dispomos de 14 jogadores", comenta o técnico. "Todos eles terão uma chance. Antes eu só podia contar com cinco ou sete atletas, que se cansavam rápido. Portanto, a tendência é que nos saiamos melhor do que no passado."

No comando da seleção egípcia desde 2009, o técnico também declarou que, pela primeira vez, não pretende convocar jogadores profissionais. Mas Khalil não se preocupa com o fato de nenhum dos seus comandados atuar em clubes europeus. "Isso não diminui em nada o valor da equipe", diz. "O importante é explorar da melhor maneira possível o talento dos atletas que se tem, e sei que talento é o que não falta para os meus."

Otimismo e ambição
De fato, o conjunto egípcio conta com vários jogadores talentosos, como Ramadan Gharib, Moataz Sami, Ahmed Hussein e Ahmed El Agouz (que joga no Catar), além do experiente goleiro Mohamed Ibrahim, de 37 anos, e do herói das eliminatórias, Ahmed Yosri.


Yosri se diz bastante motivado para disputar o seu primeiro Mundial e confiante nas chances do Egito. "O nosso grupo deve ser muito equilibrado", avalia. "A República Tcheca e a Sérvia representam a escola europeia. Já a partida contra o Kuwait será especial, porque se trata de uma equipe árabe, que tem pontos em comum com a nossa. Portanto, tudo é possível." O atleta também não parece nada impressionado com a dimensão do torneio e aguarda com impaciência pela partida de abertura. "O nosso objetivo é chegar às semifinais", anuncia.

Portanto, os egípcios chegarão à Tailândia com grandes ambições e decididos a seguirem os passos das gerações que brilharam com o uniforme nacional anteriormente. A poucos dias do pontapé inicial do torneio, vale a pena ficar de olho no selecionado do norte da África.


Fifa.com

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