Apostar na experiência é uma saída encontrada muitas vezes por treinadores que possuem em mãos um elenco jovem e renovado. Isso ocorre principalmente em competições de grandes proporções, como a Copa do Mundo. Em novembro, na Tailândia, a bola irá rolar para a maior competição do futsal e o Japão, adversário do Brasil na primeira fase, pode ter um 'vovô' no grupo de convocados.
Divulgação/FIFA
Miura ganhou o apelido de Rei Kazu por conta do destaque nos gramados
Aos 45 anos, Kazuyoshi Miura está na pré-lista japonesa e poderá realizar o sonho de jogar uma Copa do Mundo, porém, nas quadras. Com carreira toda realizada no futebol de campo - Miura ainda está em atividade, jogando em um time da segunda divisão do Japão -, o atleta tem a confiança do treinador Miguel Rodrigo, que não poupa elogios ao 'Rei Kazu'.
"A experiência do Kazu será imprescindível para a nossa equipe. É praticamente inédito um jogador que tenha jogado no primeiro escalão nos gramados dar uma chance ao futsal. Só uma pessoa especial seria capaz disso", afirma o técnico da Seleção do Japão.
O currículo de Miura é realmente extenso e de destaque. Ainda jovem, no início dos anos 80, ele veio ao Brasil para tentar realizar o sonho de virar profissional. Conseguiu oportunidade em alguns clubes, como o Santos e o Coritiba, aprimorando a técnica e a qualidade no esporte. Foi na América do Sul que o japonês teve o primeiro contato com o futsal, modalidade que considera fundamental para qualquer um que queira seguir carreira com a bola nos pés.
"A maioria dos jogadores brasileiros já jogou futsal. Acho que, se os jovens japoneses decidissem aprimorar as habilidades no futsal, veriam no futuro que valeu a pena", explicou Miura.
Nunca é tarde para sonhar
Nos gramados, o Rei Kazu conquistou alguns feitos importantes para o futebol japonês. Ele foi o primeiro jogador do país, por exemplo, a entrar em campo na Série A da Itália, com as cores do Genoa.
Em alto nível, Kazu foi fundamental para a classificação do Japão para a Copa do Mundo da França, em 1998, mas acabou sendo cortado do grupo que disputou a competição. Mais de uma década depois, surge uma nova oportunidade de defender o país em um Mundial, desta vez, nas quadras.
"Disputar a Copa do Mundo de Futsal da FIFA é o ápice para um jogador do salão. Estou muito orgulhoso por ter recebido esta chance, que me deixou bastante motivado. Embora seja uma categoria diferente, não se trata de uma ser melhor do que a outra. Disputar uma Copa do Mundo é o meu sonho e o meu objetivo", revela Miura.
Com informações da FIFA
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