quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Amigos, amigos, futsal à parte


Amigos, amigos, futsal à parte

Nesta sexta-feira, nenhum australiano estará mais orgulhoso do que Greg Giovenali. Isso porque ele irá estrear na seleção de seu país na Copa do Mundo de Futsal da FIFA já com a braçadeira de capitão - e logo contra um inimigo muito íntimo.

Nestas peças pregadas pelo destino, Giovenali abrirá sua participação no Mundial contra o país que o acolheu. Assim, não é de se estranhar que muitos dos jogadores que entrarão em quadra em Bangcoc para o confronto de abertura do Grupo D eram ex-companheiros de Giovenali na seleção sub-21 da Azzurra e continuam sendo bons amigos do australiano. Isso sem falar daqueles com os quais o atleta de 25 anos atuou ao longo dos seis anos em que esteve na equipe de futsal da gigante Lazio.

"Será uma partida especial para mim porque joguei com uma boa parte dos italianos e ainda sou amigo de alguns deles, como o Sergio Romano e o Gabriel Lima", disse Giovenali ao FIFA.com. "Estamos ficando no mesmo hotel que a Itália aqui na Tailândia, então outro dia cruzei com alguns deles no corredor e acabamos conversando e dando risada, nos lembrando de velhas histórias."

Mas, apesar do vínculo existente com os ex-colegas e com o país da bota, Giovenali já avisou aos amigos que não vai dar moleza. "Essas amizades serão colocadas de lado quando estivermos em quadra, já falei isso para eles", conta. Não vamos evitar o contato nem pegar leve", garante.

Escolha fácil
Embora tenha nascido e se criado na Austrália, país para onde imigraram os seus avós, Giovenali admite que, como jogador de futsal, ele tem características sobretudo italianas. E não é por acaso, já que foi em Roma que o atacante aprendeu o ofício, durante o período em que esteve na disputada primeira divisão da Itália, e onde teve o seu primeiro contato com a camisa de uma seleção nacional. Por outro lado, não pensou duas vezes antes de aceitar o chamado australiano.

"Nunca chegou a ser um dilema escolher por qual país jogar", revela. "A Austrália foi a primeira a conversar comigo sobre atuar na seleção principal e, além disso, como nasci e me criei por lá, o país já tinha uma maior fidelidade da minha parte. Mas adorei o tempo que passei na Itália, fui muito bem recebido na seleção sub-21 e não tenho dúvida nenhuma de que melhorei incrivelmente durante o período em que estive por lá", destaca.

"Defender um clube tão conhecido como a Lazio, e em uma liga profissional, foi algo completamente diferente daquilo com que eu estava acostumado em termos de padrão de jogo e nível de competitividade", continua o jogador. "Foi só depois que voltei para a Austrália que percebi que não dava o devido valor para algumas das coisas que eu tinha."

Sobre enfrentar o país onde deu os primeiros passos, Giovenali diz que já esperava por isso. "Estava com a sensação de que poderíamos pegar a Itália no sorteio e fiquei feliz que isso aconteceu, embora a gente saiba que não está no mesmo nível deles", reconhece.

"Somos todos jogadores amadores, enquanto a equipe deles está cheia de profissionais", pondera. "Mas não estamos aqui apenas para fazer número. O torneio será exibido ao vivo na televisão australiana e é muito raro o futsal ter esse nível de exposição. Queremos passar a melhor impressão possível para aqueles que estiverem nos assistindo."

Fonte: Fifa.com

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