quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Plata, das areias para as quadras


Plata, das areias para as quadras


O termo "curinga" costuma definir um jogador capaz de atuar com desenvoltura em qualquer posição dentro de uma equipe. No caso de Morgan Plata, porém, o significado ganha uma outra dimensão, que dissolve as fronteiras entre as diversas disciplinas do mundo da bola.

Em 2007, Plata fez parte da seleção mexicana que chegou surpreendentemente à final da Copa do Mundo de Beach Soccer da FIFA. Embora os azarões tenham perdido o duelo decisivo contra os anfitriões brasileiros, o atacante de 1,64 metro de altura faturou a Chuteira de Prata e a Bola de Bronze adidas, prêmios concedidos ao vice-artilheiro e ao terceiro melhor jogador do campeonato, respectivamente.

Hoje, cinco anos depois, Plata pretende causar impacto semelhante, mas com a seleção de futsal, que disputará pela primeira vez o Mundial da disciplina na Tailândia 2012. "Tudo começou quando o Ramón Raya, que também treina a equipe de futebol de praia, sugeriu que eu tentasse a sorte no combinado de futsal, que iria disputar as eliminatórias", recorda em entrevista ao FIFA.com. "No início achei muito estranho, porque nunca havia jogado futsal, mas consegui me adaptar rápido, conquistamos a classificação e aqui estamos, prontos para o grande desafio que temos pela frente", acrescenta.

Adaptação e experiência
Plata, na verdade, é um dos sete jogadores mexicanos que chegam à Tailândia com a experiência de terem participado de uma Copa do Mundo de Beach Soccer da FIFA. Porém, é o único entre eles que, além disso, jogou profissionalmente no futebol de campo. "Foi em 2008 e 2009, quando defendi o Dorados de Sinaloa", conta o atacante de 30 anos. "Depois dessa experiência, decidi voltar às areias e nem por um segundo imaginei passar por um terceiro piso diferente", explica.

Para ele, a grande diferença entre as duas disciplinas reside na velocidade do jogo. "O futsal é mais dinâmico, mais rápido", compara. "Aqui você pega a bola e já toca, controla menos do que no beach soccer. Quanto aos atacantes, há sempre a obrigação de fazer gol, isso não muda. Afinal de contas, é tudo futebol, não é mesmo?", diz Plata, que balançou as redes três vezes durante as eliminatórias continentais para o Mundial, disputadas na Guatemala.

O mexicano admite que se encantou com o futsal. "Tanto o esporte como a Copa do Mundo em si têm uma magnitude que eu não imaginava. Estou ansioso para que o torneio comece. É verdade que enfrentarei jogadores muito mais experientes do que eu, mas não me sinto inferior a ninguém. Agora tenho um duplo desafio, que é competir com eles e ganhar."

Decidido a continuar em ambas as modalidades, Plata atualmente está concentrado no torneio tailandês. "O grupo é complicado", avalia. "Argentina e Itália são potências, e pelo que vimos a Austrália também será uma adversária difícil. Mas a maioria dos jogadores se conhece bem e tem experiência em Mundiais, e isso pode contar a nosso favor", avisa.

Para terminar, o supercuringa mexicano deixa uma mensagem tão otimista quanto realista. "Fizemos uma preparação consciente e vamos dar trabalho. Disputar a final é um sonho, mas o objetivo é fazer um bom papel."

Fonte: Fifa.com

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